Caríssimos: perdoem o sumiço. Mas as agendas logísticas...afe!
Para compensar, poemas-samurais:
Troféu
Eis que a pobre não quis mais tomar banho
Em dois vírgula três centímetros do ombro esquerdo
preservava o cheiro alheio recém-impregnado.
Aspirava-o narinas adentro feito um viciado terminal
cheirando a última cocaína.
(Hanauer)
Eu guardo os segredos
numa caixa escura
bem ao lado dos desejos
onde o silêncio ecoa
forrada com veludo vermelho,
de um antigo manto que vesti.
Hoje foi o que restou da majestade
Sua pesada tampa é da madeira
daquele baobá que abandonei
há muito tempo
Essa tem sido minha única lembrança.
É nessa caixa que também deposito
parte da essência com que fui presenteada
ao aportar por aqui.
Dizia nela: use somente em caso de emergência.
E já está vazia.
(Valiente)
sexta-feira, 13 de março de 2009
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